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Revista PARADEIROS MANTIQUEIRA OnLine

Urutau, a ave fantasma

  • Foto do escritor: Mauricio Brasilli
    Mauricio Brasilli
  • 24 de jul. de 2016
  • 1 min de leitura

Urutau

Numa época já quase perdida entre as matas, quando somente os índios habitavam essas terras, viviam duas tribos rivais. O jovem Cuimbaé, bravo guerreiro, feito prisioneiro pela tribo inimiga e contrariando o destino, apaixonou-se perdidamente pela bela Nheambiú, filha do cacique, sendo por ela amado com o mesmo ardor. Diante de tão grande amor, a índia apelou ao pai para que permitisse sua união com Cuimbaé. O cacique, ferido de ódio e ciúme, negou o pedido da filha que, desolada, perdeu-se por entre as montanhas. Quando o pai ordenou que os guerreiros da tribo a trouxessem de volta, Nheambiú foi encontrada no coração da floresta, paralisada e muda, feito uma pedra. O pajé, num só olhar, percebeu que a dor tamanha fizera com que a bela índia perdesse para sempre a sua fala... E que somente uma dor ainda maior traria de volta o som de sua voz. Em desespero, o cacique disse à filha que Cuimbaé estava morto... No mesmo instante, Nheambiú soltou um grito soturno e melancólico, desaparecendo definitivamente por entre as árvores. Tornou-se o urutau, a “ave fantasma” dos tupis, voando noite após noite pelos galhos da floresta, encantando os seres das matas enquanto canta seus lamentos.




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